Evento realizado na Escola de Governo abordou temas como políticas públicas e escassez de recursos naturais
Foto: Alan Cavalcante
Ações pioneiras que promovam a sustentabilidade do ambiente de trabalho e do cotidiano dos servidores públicos distritais. Esse foi o tema de destaque no I Fórum de Sustentabilidade do Distrito Federal, realizado nesta terça-feira (29), no auditório da Escola de Governo (Egov).
Na cerimônia, um grupo de peso do primeiro escalão do Governo do Distrito Federal fez questão de comparecer. Entre eles, Itamar Feitosa (secretário de Economia), Mayara Rocha (secretária de Desenvolvimento Social), Adriana Faria (secretária executiva de Valorização e Qualidade de Vida), além de Raimundo Ribeiro (diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF – Adasa).
Na abertura do evento, as autoridades plantaram uma muda de ipê amarelo, no jardim da Escola de Governo, como um gesto concreto em prol do meio ambiente.
Foto: Simone Avancini
A secretária executiva de Valorização e Qualidade de Vida, Adriana Faria, afirmou que o objetivo do Fórum é dar visibilidade ao tema no universo do servidor. “Acreditamos que eles podem ser grandes conscientizadores e mobilizadores sociais, porque têm enorme capacidade de envolvimento com a temática”, afirmou. Para a gestora, o Fórum vai marcar um novo momento no GDF. “Esse é o primeiro de muitos outros debates que vamos realizar. Queremos organizar pelo menos um por ano”, completou.
Foto: Alan Cavalcante
A diretora-executiva da Escola de Governo, Juliana Tolentino, anfitriã do evento, ratificou as palavras da secretária. “Estamos assumindo o compromisso de reforçar a capacitação dos servidores com temas voltados ao meio ambiente e à sustentabilidade”. Segundo ela, não há mais tempo a perder. “Falar de sustentabilidade é falar do presente e do futuro. É falar de conscientização, para que as gerações futuras não sejam prejudicadas”, explicou.
Foto: Alan Cavalcante
O secretário de Economia, Itamar Feitosa, elogiou a iniciativa e reforçou que, após a pandemia da covid-19, a situação ficou ainda mais delicada. “Passamos um tempo em que as pessoas estavam com muito medo de morrer, e tudo era incerto. Agora, o mundo volta à normalidade e precisamos retomar debates importantes como a sustentabilidade”, disse.
Foto: Alan Cavalcante
“Sustentabilidade salva, e quem mais sofre com a escassez de recursos naturais e a falta de cuidado com o lixo são as pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou a primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. Para ela, o Fórum, com envolvimento dos servidores públicos, vai trazer debates importantes e necessários. “É um trabalho de formiguinha, mas o Governo do Distrito Federal já mostrou para todos que a gente tem ações pioneiras, e elas podem servir de exemplo para o Brasil e para o mundo”, completou.
Foto: Alan Cavalcante
Para o diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro, a iniciativa de envolver os servidores é um grande passo em busca de mais conscientização da população. “É necessário que nossos agentes, as pessoas públicas, saibam informar, porque são eles que vão levar a informação para a população”, afirmou.
Foto: Alan Cavalcante
A subsecretária de Gestão Ambiental e Territorial da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Maria Sílvia Rossi, iniciou as palestras do período vespertino. A engenheira agrônoma e mestre discorreu sobre a construção da sustentabilidade no DF e a atuação da secretaria. “Uma das políticas públicas ambientais mais importantes que temos hoje é a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (Pdot). Ele é muito estratégico, e precisamos reconstruí-lo com sustentabilidade. A integração e a compatibilização do Pdot às diretrizes do Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-DF) são essenciais para o desenvolvimento socioeconômico sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população. É urgente, estruturante e vai impactar nos próximos 10 anos”, explicou Rossi.
Foto: Alan Cavalcante
A subsecretária aproveitou a oportunidade para falar sobre o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), plataforma de inteligência ambiental-territorial da Sema, que compartilha dados do meio ambiente do DF e que altivamente passou a integrar o Catálogo de Metadados do Diretório Nacional da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) – renomada e recente conquista da instituição.
“O Sisdia é muito estratégico. Ele conecta, hoje, 18 bancos de dados governamentais e disponibiliza as informações para a população. Já temos uma conexão com a Universidade de Brasília (UnB). As teses de mestrado e de doutorado que geram conhecimentos vão estar disponíveis no Sisdia, nos próximos 20 anos. Estamos nos conectando com o Judiciário para que todos os processos transitados em julgado, das varas de meio ambiente, também possam integrar o sistema, até o final deste ano. A ideia é construir um local no qual o cidadão possa encontrar e modelar as suas informações. É política pública em benefício do cidadão, da qual não iremos abrir mão”, explicou Rossi.
Foto: Alan Cavalcante
A servidora Thais Silmara Araujo, da Secretaria de Saúde (SES), destacou que a modernização do Sisdia e do Mapa Dinâmico de Brasília (Geoportal) chamou a atenção dela. “Há alguns anos, somente especialistas conseguiam utilizar essas ferramentas. Era necessário fazer um curso e se aperfeiçoar para conseguir manuseá-las. Se, de fato, queremos a participação da população, é necessário torná-las bem mais acessíveis e didáticas. A população costuma rejeitar o que ela não entende”, falou a servidora.
Foto: Alan Cavalcante
A última palestra do Fórum ficou a cargo da assessora especial na Educação Ambiental e Mobilização Social, do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Ana Clara Rezende dos Santos. A especialista detalhou as ações de educação ambiental desenvolvidas pelo SLU e explicou como separar corretamente os resíduos para a coleta seletiva.
Foto: Fabrícia Neves
“Sem dúvida, esse Fórum trouxe informações importantíssimas ao servidor, inclusive para mim que sou da área de meio ambiente. É necessário juntar os órgãos, trocar informações e expertise, a fim de ampliarmos o conhecimento de sustentabilidade, para que, assim, possamos contribuir com o serviço público, de forma mais sustentável e adequada”.
A assessora ainda aproveitou a oportunidade para apresentar o novo aplicativo que dá acesso a informações sobre coleta de resíduos. Ela explicou que, por meio da ferramenta, os cidadãos poderão saber dia e horário das coletas convencional e seletiva na região onde moram e, também, receber alertas e tirar dúvidas. O SLU Coleta DF pode ser baixado tanto no sistema iOS quanto no Android.
A professora e servidora Iris Almeida dos Santos, falou da importância do Fórum e da continuidade necessária do debate na Administração Pública e na sociedade. “As palestras são muito importantes. Mesmo que esse assunto já venha sendo pauta há muito tempo, essa é uma nova tentativa de o governo conscientizar a população sobre a separação do lixo, métodos de coleta, logística reversa, entre outros. Verificamos que até hoje as pessoas não se conscientizaram, e é necessário reforçar mais ainda esses assuntos”, falou a servidora.
Foto: Fabrícia Neves
Após o dia de debates, foi apresentada uma carta de intenções, com nove proposições de trabalho e de incentivo em prol do meio ambiente, um legado do Fórum que consolidou o compromisso com o desenvolvimento humano e a sustentabilidade ambiental de Brasília para os próximos anos:
1. Tornar o Fórum de Sustentabilidade do DF um evento anual permanente e mais abrangente, ou seja, que envolva mais protagonistas nos debates referentes à sustentabilidade;
2. Estimular debates relacionados ao tema sustentabilidade, nas instituições de ensino superior, médio e fundamental, públicas e particulares;
3. Capacitar agentes públicos para atuarem como multiplicadores na temática da sustentabilidade no serviço público;
4. Produzir e disponibilizar material ecopedagógico para apoio aos professores, educadores e multiplicadores de Educação Ambiental (EA) de programas, como Eu Amo Cerrado, Parque Educador e outros;
5. Viabilizar e incentivar programas de educação ambiental no processo de licenciamento ambiental no DF, por meio do Programa Educação pede Licença ou outros;
6. Instituir o Painel de Indicadores da Sustentabilidade do DF como ferramenta de transparência e de qualificação do planejamento e da gestão no DF, tendo instrumentos como o Plano de Adaptação traduzidos no painel;
7. Aprimorar e consolidar o Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia) como plataforma de inteligência territorial-ambiental, de acesso público, gratuito e intuitivo a toda a sociedade, sobre dados e informações acerca da construção da sustentabilidade no DF;
8. Incorporar, nos instrumentos de planejamento, como o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), atualmente em revisão, os riscos ecológicos da perda de serviços ecossistêmicos, para que o território tenha os usos definidos de forma sustentável;
9. Fomentar parcerias entre instituições públicas e entidades privadas civis, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) e institutos de educação ambiental ou de preservação do meio ambiente.
Foto: Fabrícia Neves
De forma simbólica, assinou a carta a diretora-executiva da Egov, Juliana Tolentino, juntamente com representantes dos parceiros institucionais.
Foto: Fabrícia Neves
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